Um dos blogs da MTV, Buzzworthy, fez uma matéria falando que Miley Cyrus é sim um bom exemplo, e um exemplo muito melhor do que as pessoas imaginam.
Confira:
Olá vocês, sou eu, Sam Lansky, e esta é a minha coluna, Pop Think, onde eu tento eu tento fazer vocês descobrirem o meu alter ego secreto, que atualmente é uma pop star internacional com um nome adoravelmente consoante. (Curiosidade: Eu já requisitei que na minha lápide o epitáfio será “He was just being Miley.” (Ele estava apenas sendo a Miley.)
Mas realmente, eu amo Miley Cyrus, não só porque Can’t Be Tamed foi uma não anunciada obra-prima do pop (sério, se você não tem escutado “Permanent December” recentemente, sua vida é provavelmente menos 50% alegre do que deveria ser), mas porque Miley tem uma relação honesta com a mídia mais do que qualquer outra estrela pop.
Enquanto muitos artistas estão ocupados trabalhando dobrado para manter as aparências, Miley tem um histórico de ser descaradamente e desavergonhadamente verdadeira sobre o que ela acredita, o que eu acho inspirador.
A verdade é que Miley realmente não pode ser domada, e mesmo quando suas escolhas não são aceitas, a cantora sensual adere às suas armas. Coragem da convicção é algo difícil de passar por aqui, é por isso que eu acho que Miley é um modelo muito melhor do que o que nós tendemos a lhe dar crédito.
No início de 2011, uma enquete da AOL elegeu Miley Cyrus como o pior modelo de celebridade para as garotas jovens, bem acima de Lindsay Lohan e a mãe adolescente Amber Portwood. O período, sem dúvida, desempenhou um papel nisso, pois a votação aconteceu um mês depois que um vídeo de Miley fumando sálvia ganhou as manchetes, mas é um lembrete claro de como instável o público pode ser, especialmente quando se trata de seus ídolos teen.
Eu não quero alongar muito sobre os erros do passado, embora, não é nenhum segredo que a imagem de Miley como uma estrela da Disney e princesa do pop foi limpa até certo momento – vale salientar que é um padrão quase impossível de manter. Mas como um relógio, enquanto ela mudava ao longo da adolescência, ela foi atingida por um escândalo após outro: fotos reveladoras da cantora tiradas pela fotógrafa Annie Leibowitz para a revista Vanity Fair; uma performance provacativa com pole-dance de “Party In The USA” no Teen Choice Awards 2009, o explosivo vídeo do bong, e mais recentemente, imagens de sua festa de aniversário de 19 anos, onde Miley diz “fumar maconha pra caralh*” (Mais tarde, seu representante disse que Miley estava apenas sendo sarcástica e que o comentário sobre maconha foi uma “piada interna”. Vai entender.)
Mas Miley tem um logo histórico de assumir a responsabilidade por suas escolhas, mesmo se elas tiverem sido lamentáveis. Ela já pediu desculpas publicamente pelos escândalos com sua foto, e gerenciou o escândalo do bong tão graciosamente quanto alguém em sua posição pode – ela parodiou a situação em uma encenação no “Saturday Night Live”, uma vez que o show já tinha desenvolvido um quadro onde fazem uma paródia da personalidade boba de Miley e de brincadeiras com seu pai. Ela também foi sincera sobre sua posição como um modelo a ser seguido, dizendo na Harper’s Bazaar do ano passado “Meu trabalho não é dizer aos seus filhos como agir ou como não agir, porque eu ainda estou descobrindo isso por mim mesma… As suas crianças irão cometer erros independente de se eu os cometo ou não. Isso é a vida.” Sábias palavras, considerando que ela ainda é uma adolescente.
Porém, o que é realmente fundamental é como Miley tem tomado uma posição sobre as questões pela qual ela está apaixonada, e ela está em um forte estado de espírito opinativo, e não no modo suave que a maioria dos relações públicas preparam as estrelas para utilizar. Apesar de sua base de fãs muito conservadora, ela tem sido uma defensora dos direitos dos homossexuais e igualdade no casamento, mesmo indo tão longe a ponto de fazer uma tatuagem de um sinal de igual em seu dedo, indicando seu apoio à causa. Quando ela twittou uma foto da tatuagem recém feita, com a mensagem anexada “todo amor é igual”, causou alvoroço entre sua base de fãs mais tradicionais. Miley permaneceu determinada com sua reação: Ela posou para a campanha NOH8 para mostrar seu apoio ao movimento.
Ela já enfrentou o tema da imagem corporal, também, demonstrando uma vontade pessoal sobre o assunto, ao invés de mantê-lo em abstrato. Quando alguém no Twitter a chamou de gorda, ela publicou uma foto de uma mulher esquelética com a mensagem: “Ao chamar as meninas como eu de gordas, isso é o que você está fazendo para outras pessoas. Eu me amo e se você pudesse dizer o mesmo que eu, você não estaria sentado em seu computador tentando machucar os outros.” Então ela postou uma foto de Marilyn Monroe, mostrando suas curvas em um vestido branco, incluindo o texto: “.Prova de que você pode ser adorada por milhares de homens, mesmo quando o suas coxas se tocam.” Este é um meme comum, mas chama a atenção adicional vindo de alguém com quatro milhões de seguidores. Um monte de celebridades usam o Twitter como uma plataforma de vergonha pública para seus críticos, mas Miley usou-a como uma oportunidade para iniciar um diálogo sobre os padrões de magreza impossível promovido na indústria do entretenimento – e funcionou, Demi Lovato e Kelly Osbourne se juntaram a conversa no Twitter.
É claro, Miley não é uma santa, e ela declarou publicamente que ela não tem interesse em ser um modelo. Mas, gostem ou não, ela é, e os escândalos embaraçosos que bagunçaram sua imagem pública não tem de ser a única coisa que devemos notar. Não é preciso dizer que as pessoas preciosas pouco navegaram através das águas turbulentas da geração teen sem sua parcela de erros, só que Miley fez isso com um milhão de paparazzi esperando para documentar cada gafe. Ao invés de falar dela por estar cometendo erros, coisas impensadas que milhões de outros adolescentes têm feito, vamos comemorar o fato de que ela luta por suas crenças, mesmo quando suas opiniões não são populares – o que estabelece um exemplo positivo para jovens que erroneamente acreditam que a indiferença social está na moda.
Ela mesma disse melhor, no entanto, no seu novo vídeo para a canção “Liberty Walk”, que foi intercalado com cenas dos movimentos ocupacionais em todo o país. Ela dedicou o vídeo para “as milhares de pessoas que estão lutando por aquilo em que acreditam” Isso faz dela a nova voz mais saliente na esfera política? Talvez não, mas ainda é uma chamada de valor à ação no reino politicamente apático da música pop, e uma que eu vou felizmente levar a sério.
Miley, você pode oficializar meu casamento gay algum dia. Continue lutando o bom combate, irmã.
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